quarta-feira, 17 de agosto de 2011

HISTÓRICO DA CIA

A Companhia de Teatro Nata, fundada em 17 de outubro de 1998, na cidade de Alagoinhas surgiu de um festival estudantil de Teatro representando o Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas.

Nestes mais de 10 anos de trabalho a Cia de Teatro Nata vem realizando montagens teatrais, oficinas, leituras dramáticas, e movimentando o espaço teatral com projetos que discutem, divulgam e valorizam a cultura Afro-Brasileira em Alagoinhas, Salvador e em grande parte do interior do Estado da Bahia.

Nossos espetáculos possuem como eixo norteador a história, cultura e religiosidade Afro-Brasileira, a fim de desmitificar os preconceitos e as imagens equivocadas que povoam histórica e culturalmente o imaginário coletivo da sociedade, resultado de um processo de colonização e racismo.

Sempre nesse caminho, no ano de 2009, no intuito de contribuir efetivamente, a Cia de Teatro Nata montou o espetáculo o espetáculo Siré Obá “A festa do rei”, uma grande homenagem aos Orixás e a todo o povo de santo do Brasil, construída dramaturgicamente através dos Orikis (poesias em exaltação aos Orixás), sua encenação inspirou-se nos rituais públicos das Comunidades de Santo (Ilê Axé) da Bahia.

Siré Obá realizou temporada nos meses de maio e junho no Teatro Vila Velha em Salvador e durante os meses de julho e agosto realizou temporada na cidade de Alagoinhas onde apresentou-se no Centro de Cultura e em quatro Comunidades de Santo (Ilê Axé) do município.  Participou também do III Fórum Nacional de Performance Negra e encerrou o I Festival de Teatro do Subúrbio de Salvador.

O espetáculo recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro 2009: Melhor espetáculo adulto, direção revelação para Fernanda Júlia (diretora e autora) e categoria especial para Jarbas Bittencourt, pela direção musical.

Ainda como parte do projeto Shirê Obá, a Cia de Teatro Nata realizou em agosto o I IPADÊ – Fórum Nata de Africanidade, que reuniu Yalorixás, Babalorixás, a Comunidade de Santo, a Comunidade artística e a Comunidade em geral para discutirem questões relacionadas ao Candomblé, e o processo criativo do espetáculo Shirê Obá.

Além da montagem Shirê Obá, a Companhia de Teatro Nata montou os espetáculos Axé “Origem, encanto e beleza” (2000), Senzalas “A história, o espetáculo” (2002) e Axé! (2003), montagens que colaboraram no combate a intolerância religiosa sofrida pelas Comunidades de Santo (Ilê Axé), instaurando a discussão e provocando reflexões.

Em 2010 a Cia de Teatro Nata estréia o espetáculo Ogum “Deus e Homem” montagem premiada pelo I Prêmio Nacional de Expressões Afro brasileiras patrocinado pela Fundação Cultural Palmares, Ministério da Cultura e CADON, com patrocínio da Petrobras e do Calendário de apoio a projetos da FUNCEB-Ba.

Ogum realizou temporada em 2010, no Teatro Martim Gonçalves, em Salvador, com sucesso esplendoroso de público, com casa cheia em suas 12 apresentações, e cerca de 80 espectadores sem conseguir ingressos, diariamente. Além do reconhecimento da crítica e dos veículos especializados na Afrocultura Brasileira. Participando também do Festival a Cena tá preta do Bando de Teatro Olodum em novembro do mesmo ano.

Agora, em 2011 a Cia de Teatro NATA foi convidada a integrar o quadro de Grupos Residentes do Teatro Vila Velha, e para comemorar realiza temporada de Siré Obá no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha, de 17 de setembro a 16 de outubro.

Para 2012 está prevista uma temporada de Ogum, Deus e Homem. E a feitura do texto teatral sobre Exú, próximo orixá abordado pela diretora Fernanda Júlia, que pretende realizar 17 espetáculos sobre os orixás, já tendo encenado Siré Oba e Ogum, Deus e Homem.